Nasci em um dia de festa.
Sou a primeira filha de uma leva de 4.
Reinei única e soberana por 2 anos, até que minha irmã nasceu. Daí pra frente meus caprichos tiveram que ser divididos e a atenção do resto da família também.
Isso nunca foi um trauma para mim. Amo apaixonadamente minha irmã e sempre nos demos bem.
Cresci como uma criança normal, mas sempre fui arteira.
As piores danações eu já fiz, pode acreditar!
Aos 11 anos viajei sozinha para a casa da minha tia e aprontei horrores. Até aprender a fumar, aprendi.
Fugi de casa inúmeras vezes, mas desistia sempre no meio do caminho.
Uma vez, lembro bem, fugi de casa com minha camisolinha nova, cheia de borboletinhas amarelas.
Dei várias voltas no quarteirão e quando voltei para casa já havia anoitecido.
Apanhei de cinta e fiquei de castigo.
Depois disso, alguma coisa aconteceu que perdi inexplicavelmente a vontade de desbravar o mundo sozinha.
Talvez seja isso o X da questão. Hoje em dia preciso de um par para tudo.
Não consigo crer que a vida da gente possa ser vivida sem que haja alguém como companhia ao nosso lado.
Isso não quer dizer que eu seja uma pessoa dependente de outra.
Amo meus momentos de solidão necessária e muitas vezes só faço questão de mim mesma e mais ninguém.
O projeto de ter um par é direcionado à vida como um todo. Não estou sabendo explicar, admito.
O que posso dizer é que, para mim, quase tudo que eu faço estando acompanhada se torna mil vezes mais gostoso.
Não seja tão malicioso. Calma!
Falo de caminhadas românticas, viagens turísticas, cinema de mãos dadas, ou simplesmente, ver TV disputando o controle remoto da televisão.
Quanto aos amigos? sim, os amigos são sempre, sempre, sempre necessários e deles eu preciso constantemente.
quinta-feira, 3 de janeiro de 2008
quarta-feira, 2 de janeiro de 2008
O Início
" A vida tem sons
Que para a gente ouvir
Precisa entender que um amor de verdade
É feito canção, qualquer coisa assim
Que tem seu começo, seu meio e seu fim
A vida tem dons
Que para a gente ouvir
Precisa aprender a começar de novo
É como tocar um mesmo violão
E nele compor uma nova canção... "
Eu resolvi fazer esse blog na véspera da virada do ano.
Estava sozinha, pensando em como tudo pôde chegar aonde chegou. Tentei buscar explicações e culpados, mas não achei nada confortador ao meu coração.
Decidi de impulso! Vou escrever anonimamente em um blog. Vou publicar tudo que puder lembrar do que já passou na minha vida. Vou procurar ser fiel às dores e aos melhores momentos de emoção e alegria. Vou correr o risco de ser identificada por alguém que, por acaso, apareça por aqui.
Não pretendo ser coitadinha e muito menos uma heroína que saiu de filme de 5ª categoria.
Minha vida é cheia de dramas e comédias como tantas outras. Como a sua, inclusive.
Ainda não sei ao certo, mas talvez tenha tido um surto de adolescentite quando arregacei as mangas e perdi preciosas horas de sono escolhendo o nome, o layout e as cores deste blog.
Mas quem sabe não valha a pena?
Pode ser que eu me dê alta da psicoterapia e faça desta atividade, que é blogar, meu divã neo-moderno. E, vai saber, não esteja criando uma nova forma de expurgo dos traumas levados à sala dos analistas?
Deixemos, então, Freud de lado.
Viva o Dr. Blogger, a partir de já.
Esqueci algo?
Hmm.. sim. O convite.
Precisa de convite?
...
Poderia te convidar a vir me ler todos os dias, mas não prometo postagens diárias. Não quero imposições e compromissos selados, lacrados e registrados em cartório.
Aqui, onde vou tirar a roupa e desfilar completamente nua, preciso estar me sentindo completamente à vontade.
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